Aproximadamente 65% dos municípios brasileiros não investiram recursos no Carnaval este ano, conforme levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O resultado da pesquisa segue a mesma tendência observada nas prefeituras da região, onde a maioria das prefeituras cancelou a festa por contenção de despesas.
A pesquisa foi enviada às prefeituras dos 5.568 municípios brasileiros. Ao todo, 2.903 responderam ao questionário. Desses, 1.884 municípios informaram que não investiram recursos próprios no Carnaval em 2016. Já 917 anunciaram que destinaram verba para a realização da folia deste ano. As demais manifestaram que apoiam a festa com suporte para liberação de licenças, infraestrutura, segurança ou outras ações.
O levantamento também aponta que os municípios mais atingidos são os pequenos, com até 50 mil habitantes, pois dependem muito do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e essa arrecadação registra queda desde 2015. O problema atingiu, por exemplo, as prefeituras de Campo Florido, Planura, Itapagipe e Sacramento.
Na pesquisa, 50% dos gestores justificaram que o motivo para não dar suporte aos eventos de Carnaval em 2016 era a falta de recurso. Outros 47% disseram ter outras prioridades na gestão local, como assegurar os serviços públicos na área de Educação e Saúde.
Por outro lado, existem pequenos municípios como Campina Verde e Conceição das Alagoas que apostam no Carnaval para aumentar o turismo na região e decidiram manter o investimento para realização da festa. Dos 917 Municípios que apoiaram o Carnaval em 2016, a estimativa de gasto médio foi de R$ 129 mil, o que corresponde a 81% do valor investido em 2015.
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