quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

RESERVATÓRIO DA USINA DE MARIMBONDO SUBIU DE 15% PARA 57%

Mesmo havendo um crescimento significativo nos reservatórios das hidroelétricas do Sudeste, como é o exemplo do Rio Grande, o nível da represa de Furnas, subiu de 12% em dezembro do ano passado para 29%. Na usina de Marimbondo, em Fronteira (MG), de 16% o volume saltou para 57%. No Rio Tietê, em Barra Bonita (SP), de 41% de sua capacidade, há um ano, agora tem 65%. Em Promissão (SP), o nível triplicou, de 24% para 86%. Apenas em Ilha Solteira, o nível da represa permanece o mesmo de dezembro do ano passado: 0%.
No sul do país, a recuperação aconteceu na divisa do Paraná com São Paulo. Há um ano, os dois maiores reservatórios do Rio Paranapanema estavam com 16% da sua capacidade. Chavantes agora está com 94% e Capivara com 96%, ou seja, o volume de água acumulada multiplicou seis vezes.
No Rio Paraná, existem contrastes. Em compensação, em Itaipu, está sobrando água. O volume da represa subiu de 77% para101%. A maior usina do Brasil e segunda do mundo produz 17% de toda a energia consumida no país.
Tarifa Vermelha
Os reservatórios estão bem mais cheios e as usinas produzindo mais, e porque os brasileiros seguem pagando mais caro pela energia? A tarifa está com bandeira vermelha desde o começo deste ano. São R$ 4,50 a mais na conta para cada 100 quilowatts consumidos. O principal motivo é que parte da energia que entra no sistema vem das termoelétricas que têm custo mais alto.
“Quando as térmicas são acionadas, há um acréscimo de R$ 5,50 em cima de cada 100 quilowatts/hora consumido, ou seja, o consumidor tem adicionalmente na sua tarifa de luz esse valor acrescido”, explica Ivan Chueiri, coordenador do Centro de Pesquisa em Sistemas Elétricos – PUC/PR.
O próximo ano também deve começar com a conta de luz mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica explica que, apesar da melhora do cenário nas represas, o país ainda vai continuar dependendo das termelétricas, pelo menos, até fevereiro.
Segundo a Aneel, a definição das bandeiras tarifárias para o ano que vem vai depender da quantidade e de quais termelétricas vão permanecer ligadas. Como o custo de produção varia muito de usina para usina, a agência estuda a cobrança de tarifas diferenciadas dentro da bandeira vermelha, o que pode representar um alívio para o bolso do consumidor.

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