Sem-teto do “Assentamento Vitória” em Campo Florido realizaram nesta segunda-feira (03) mais uma manifestação. O grupo que pede por moradias, em meio a um processo de reintegração de posse, suspenso pelo Tribunal de Justiça, voltou a interditar a BR-262 durante todo o dia, gerando uma extensa fila de veículos que esperava pela liberação. Os manifestantes somente encerraram o movimento após reunião realizada em Belo Horizonte, com o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana de Vasconcellos.
Naiara Priscila da Silva é uma das moradoras do local e, de acordo com ela, as manifestações irão acontecer até que haja resultado positivo para as 900 famílias que moram no assentamento, e que a qualquer momento estarão de fato desabrigadas. Todas elas pedem por uma residência. “Nesta segunda-feira o nosso movimento foi para reforçar este pedido, visto que um grupo de moradores está em Belo Horizonte para reivindicar o envolvimento do Governo Estadual neste processo, para que ajude na conquista”, explica.
Ainda conforme informações repassadas pelo grupo, hoje o município não tem local adequado para abrigar estas famílias, as residências que estão sendo construídas, quase prontas, já possuem moradores. Por outro lado, os manifestantes afirmam que existem áreas para que as casas sejam construídas, inclusive os próprios moradores do assentamento elaboraram projeto propondo a construção destas residências. O projeto foi apresentado ao secretário de Estado de Defesa Social na reunião realizada ontem.
Outra situação também relatada pelos sem-teto é a dificuldade de relacionamento com a Prefeitura Municipal de Campo Florido. De acordo com Naiara, nos últimos dias aconteceram cortes de alguns benefícios para famílias que vivem no local, inclusive na entrega de medicamentos.
Para finalizar, no movimento também estava presente a representante da CSP Conlutas – Central Sindical e Popular – Simea Aparecida e, de acordo com ela, o movimento sindical está acompanhando os problemas enfrentados pelos moradores do “Assentamento Vitória”, e sempre vai apoiá-los, pois estão lutando por um direito constitucional, que é a moradia.
O Jornal da Manhã entrou contato com a Secretaria Estadual de Defesa Social, mas não obteve retorno.
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