24/08/2015
Sexta-feira próxima, em Uberaba, fórum promovido pela Câmara Municipal vai mobilizar vereadores e deputados da região para se engajarem no movimento das associações microrregionais de municípios
“Muito positivo”. Assim o presidente da Amvale (Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande) e prefeito de Conceição das Alagoas, Celson Pires, avaliou, ao final da tarde desta segunda-feira (24), o movimento de paralisação realizado ao longo do dia nas 13 prefeituras associadas à entidade. Lembrou que, na próxima sexta-feira, dia 28, às 14h, no plenário da Câmara Municipal de Uberaba, acontece um fórum para debater o quadro atual enfrentado pelos municípios da região, por iniciativa do presidente do legislativo uberabense, Luiz Dutra, com total apoio da Amvale.
O movimento “Crise nos municípios: prefeituras de Minas param por você”, apoiado pela Associação Mineira de Municípios (AMM), iniciado nesta segunda-feira (24/08) conseguiu a adesão de cerca de 450 prefeituras de todo o Estado. Serviços básicos foram interrompidos e apenas os atendimentos emergenciais de saúde foram mantidos. A paralisação tem por finalidade pressionar os governos federal e estadual para o cumprimento das responsabilidades com os municípios, muitas delas estão sendo transferidas sem o devido aporte o que causa, ainda mais, estrangulamento aos cofres municipais.
Celson Pires, em seguida, diz ter certeza no êxito dessa mobilização, isto é, de ecoar nas esferas de governo em Belo Horizonte e em Brasília. “Eles (governantes) vão entender as angústias que nossos municípios estão passando”, diz. O lider municipalista reforçou a defesa em torno do aumento no percentual de 15% de todo bolo da arrecadação que é destinado aos municípios. Ao lado do prefeito de Uberaba e presidente da Frente Mineira de Prefeitos, Paulo Piau, Celson Pires participou de uma série de entrevistas à mídia impressa e eletrônica, de Uberaba a região, oportunidade em que expressarem com clareza à comunidade regional, os motivos pelos quais as prefeituras tiveram que tomar tal decisão.
De acordo com o presidente da Amvale, o movimento é direcionado a dois vetores: o governo e a própria população. E explicou: “Muitas vezes a comunidade acha que as prefeituras não têm crise, que a mesma crise existe no País e que as prefeituras estejam imunes da situação. Nada disso. A Prefeitura é a primeira a sentir os efeitos da crise, através da redução nos repasses do governo”.
Celson Pires, de outra parte, assegurou que as comunidades não foram prejudicadas pela paralisação, pois foi preocupação de todos os prefeitos e, assim, o fizeram, mantendo em perfeito funcionamento os serviços essenciais e emergenciais.
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